A operação autorizada hoje pelo ministro Alexandre de Moraes contra alvos bolsonaristas está mobilizando ex-aliados do governo, oposição e políticos que se colocam no grupo de vítimas das campanhas de difamação em redes sociais. Parlamentares ligados à CPMI das Fake News pediram publicamente o compartilhamento das investigações no STF contra as chamadas “milícias digitais” e cobraram dos investigadores respostas sobre quem financia e se há dinheiro público envolvido na disseminação de notícias falsas em massa. Ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro foi às redes sociais defender a autonomia da PF e saudar Alexandre de Moraes por ter mantido a equipe de delegados que já estavam nessa investigação. “Que sejam apurados os supostos crimes no RJ e também identificados os autores da rede de Fake News e de ofensas em massa”, escreveu. Ex-aliada de Jair Bolsonaro, a líder do PSL, Joice Hasselmann, divulgou uma nota onde acusa o governo de envolvimento direto no esquema de produção de ataques aos adversários políticos. “O aprofundamento das investigações chegará inevitavelmente, ao chamado Gabinete do Ódio, uma espécie de “puxadinho” do gabinete presidencial, de onde Carlos Bolsonaro comanda uma verdadeira milícia digital, que inclui políticos, assessores parlamentares, empresários e blogueiros”, afirmou a deputada.

Daiene Cardoso  – Direto de Brasília

27/05/2020 – 13:15

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