Já estava engendrada em Brasília a retirada à fórceps do chefe da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, pelo Conselho Superior do Ministério Público. A ação contaria com a liberação de julgamentos suspensos por Celso de Mello e pelo ministro do STF Gilmar Mendes, que herdou o caso com a licença médica do decano. Além disso, o Senado está segurando as indicações para a recomposição do CNMP, o que garante maioria no grupo do PGR Augusto Aras dentro do colegiado. Ao entender os movimentos, Deltan decidiu renunciar ao posto. Alegará problemas de saúde na família. É uma tentativa de saída honrosa (sem ser expulso pelo CNMP) e, ao mesmo tempo, de buscar baixar a fervura e seu processo de fritura no conselho. A segunda aposta, no entanto, não deve surtir efeito.