Ministros do TSE e do STF não gostaram do placar da PEC do Voto Impresso na Câmara. Ambos erraram as projeções que faziam. A conta do TSE foi muito diferente, já que a Corte acreditava numa postura pró-voto impresso bem menor. O Supremo foi um pouco mais conservador, mas também não esperava os 229 votos. Os reflexos no TSE tendem a ser mais duros. Nos últimos dias os ministros estão endurecendo a visão sobre Jair Bolsonaro e passaram a dizer, nos bastidores, que as ações visando tornar o presidente inelegível não podem ser somente ameaças. Nas conversas reservadas já admitem impedir a reeleição caso o chefe da nação siga na toada que vem desenvolvendo. No STF a situação está um pouco menos complicada para Bolsonaro. A maioria não acredita na possibilidade de impedir uma candidatura, mas os magistrados fazem questão de dizer que esta é a postura hoje, e tudo dependerá dos próximos passos de Bolsonaro.Em tempo: o TSE vai ampliar a auditoria das urnas eletrônicas, mas dificilmente conseguirá chegar nas 1 mil sugeridas por Arthur Lira. Diz que não haveria capacidade operacional dos TREs para tal ação.
Severino Motta – Direto de Brasília
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