Nas primeiras 24 horas da coleta de assinaturas para a instalação de uma CPI dos Crimes Ambientais na Câmara, a oposição juntou 100 assinaturas. O bloco tem aproximadamente 140 deputados, precisaria de outras 31 para alcançar o número mínimo de 171 apoiamentos. Para ter uma CPI para chamar de sua e dividir os holofotes da imprensa (hoje centrados na CPI da Covid no Senado), a oposição vai atrás do apoio do Centrão e dos independentes. Isso porque há sinais de descontentamento na base governista com a condução de Ricardo Salles no Ministério do Meio Ambiente, em especial dentro da bancada ruralista. Relatos apontam que os produtores estão sentindo a resistência aos produtos brasileiros no exterior por causa da má imagem do País. Salles já se tornou alvo preferencial dos parlamentares nas comissões temáticas da Casa. No documento em que pede a criação da CPI, a oposição alega que Salles fez aliança com madeireiros ilegais, que desmontou a estrutura de fiscalização, agiu em conluio com garimpeiros ilegais, foi inerte nos incêndios no Pantanal e defendeu a necessidade de apuração paralela às acusações que pesam contra o ministro no STF. Se alcançarem as assinaturas necessárias, os oposicionistas sabem que podem sofrer resistência de Arthur Lira, mas já têm precedente para buscar ajuda do STF.

Daiene Cardoso – Direto de Brasília

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