Indicada pelo PSL para presidir a CCJ, Bia Kicis (DF) ganhou um aliado na tentativa de se apresentar às bancadas como uma moderada: Sóstenes Cavalcante (DEM/RJ). Um dos principais líderes da bancada evangélica, o deputado quer acelerar o andamento do projeto que impede o Judiciário de “usurpar” a competência do Legislativo. O deputado prega que, uma vez no cargo de presidente da comissão mais importante da Casa, a deputada adotará uma postura mais imparcial. Há uma avaliação entre os aliados da deputada de que se o Palácio do Planalto pedir moderação em nome da aprovação rápida das matérias, Kicis seguirá a orientação de Jair Bolsonaro. Parlamentares contrários trabalham para que o PSL apresente outro nome e cogitam estratégias regimentais para derrotá-la caso não haja mudança de indicação. Uma delas é conseguir votos em branco que superem os votos favoráveis à deputada, o que obrigaria uma nova eleição na CCJ. Segundo aliados, a reação negativa do Judiciário já foi percebida pela cúpula da Câmara e há dúvidas se Arthur Lira vai se indispor com os ministros do STF.

Daiene Cardoso e Chico de Gois – Direto de Brasília

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