Se, por um lado, o grupo capitaneado por Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli flerta com a ideia de permitir a reeleição dos presidentes do Legislativo Federal, por outro, uma nova tese começa a se formar no Supremo. Ministros que não são contrários à reeleição, mas que não querem exacerbar o ativismo judicial, começam a desenvolver o raciocínio de que o STF não deve vetar a recondução de Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre, porém, algum ônus tem de ser pago pelo Congresso. Uma ideia que está atraindo Luiz Fux e parte dos ministros Lava Jatistas é de que a corte deve dizer que a reeleição não é proibida, mas que para a mesma acontecer é preciso de uma decisão interna corporis do Congresso para viabilizar sua efetivação. Na prática, o Supremo devolveria aos parlamentares a bola que lhe foi jogada pelo Congresso e deixaria que os grupos de Maia e Alcolumbre mostrem se têm ou não força para promover mudanças nas regras do jogo legislativo e, posteriormente, para a reeleição de seus dirigentes.

Severino Motta – Direto de Brasília

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