A entrega de Kassio Nunes Marques para avaliação nesta terça-feira do processo que vai determinar se o ex-juiz Sérgio Moro foi ou não suspeito ao julgar Lula causou surpresa e um nó no Supremo. Por uma lado, o presidente da corte, Luiz Fux, disse a interlocutores ter certeza de que ele vai optar pela não suspeição, ou seja, dizer que Lula deveria mesmo ter sido condenado. Já interlocutores de Gilmar Mendes, garantem que o novo ministro seguirá sua posição, dizendo que Moro foi suspeito, sim, e que os processos devem voltar à estaca zero. O mesmo acontece no Palácio do Planalto. Auxiliares de Jair Bolsonaro ouvidos pelo BAF apresentam versões contraditórias, enquanto uns dizem que Nunes será contra a suspeição, outros garantem que ele irá com Mendes. Entre aqueles que defendem a segunda posição, é lembrado que Mendes está com ações da suposta rachadinha de Flávio Bolsonaro, por isso, não seria bom contrariá-lo. De toda forma, independentemente do resultado de hoje, Lula seguirá, por ora, elegível. Para impedir uma eventual candidatura duas coisas precisam acontecer: Moro não ser considerado suspeito e a Justiça do Distrito Federal ser célere o suficiente para condenar em duas instâncias o ex-presidente.

Severino Motta – Direto de Brasília

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