A discussão em torno da PEC da imunidade parlamentar tomou conta dos corredores da Câmara e é o assunto central da reunião de líderes na Câmara nesta manhã. Os debates sobre a divisão das comissões temáticas ficaram para a próxima semana. Como o BAF adiantou, temas da agenda econômica – apesar dos gestos recentes de Jair Bolsonaro de levar as propostas do governo para o Parlamento – seguem frios. Hoje, Arthur Lira defendeu a discussão sobre a PEC, admitiu que os impasses sobre a interpretação da Constituição acontecem por omissão do Legislativo em não deixar claro o texto constitucional, mas reforçou uma mensagem que serve para todas as matérias que forem colocadas para votação durante sua gestão: “não tenho compromisso com o resultado, tenho com o debate”. Isso indica que o presidente da Câmara pode não ter – na maior parte das situações que interessam ao governo – muita disposição de buscar votos e atuar diretamente na confecção dos textos de consenso. A PEC da imunidade seria uma exceção, visto o empenho de Lira em colocar um ponto final na questão que tanto incomoda a Casa.Em tom diplomático, Lira ressaltou que votar a PEC não é uma afronta ao STF e que os ministros só optaram pela prisão do deputado Daniel Silveira (PSL/RJ) porque há lacunas na legislação. Agora elas precisam ser sanadas.