A admissibilidade da Reforma Administrativa foi aprovada nesta semana na CCJ, mas Arthur Lira ainda não assinou o ato de criação da comissão especial que vai analisar o mérito da PEC. Sem a autorização da presidência da Câmara, a comissão não pode ser instalada formalmente e os partidos não conseguem indicar seus representantes no colegiado. Tudo indica que Lira assinará a criação na próxima semana e o colegiado seja instalado no dia 8. A vontade inicial de quem vai liderar os trabalhos na comissão é cumprir as 40 sessões regimentais para aprofundar o tema, dando tempo assim para a oposição esticar as discussões e os deputados aproveitarem os holofotes da imprensa. Há líderes na cúpula do Congresso que preveem a aprovação da PEC na comissão em agosto “se o Bolsonaro não atrapalhar e se o Arthur ainda estiver com a força que está hoje”. O empenho do governo será crucial no ritmo de tramitação da PEC e os deputados seguem em dúvida se o presidente da República realmente quer votar a reforma neste ano.
Daiene Cardoso e Chico de Gois – Direto de Brasília