Chamou a atenção na entrevista de Arthur Lira nesta manhã a José Luiz Datena a avaliação de que quem vai decidir o pleito de 2022 será o eleitor “do meio” e que hoje os ventos no País sopram para a Centro-Direita. Lira reiterou que não vê espaço para uma candidatura de terceira via porque “os dois candidatos são fortes” e lembrou que o Brasil sempre esteve, desde a redemocratização, entre um campo e outro. Apesar de ter dito ontem que o cenário atual favorece ao ex-presidente Lula, o presidente da Câmara lembrou que há votações importantes pela frente que podem mudar o cenário, assim com a perspectiva de crescimento econômico e a retomada da oferta de empregos. Também merece destaque o tom sereno de Lira, que não demonizou o petista (como fazem os aliados mais próximos do presidente da República), muito menos adotou um tom beligerante em relação ao possível adversário de Jair Bolsonaro no ano que vem. Ele, no entanto, elevou as críticas ao timing da CPI e o consequente desvirtuamento das ações do Ministério da Saúde, que deveria estar mais focado na pandemia e não em ficar atendendo às demandas dos senadores, pontuou. Lira demonstrou muita preocupação com o baixo ritmo de vacinação no País.


Daiene Cardoso – Direto de Brasília

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