O depoimento do ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde Élcio Franco seguiu a cartilha de seu antigo chefe, Eduardo Pazuello. Franco fez o que o governo esperava dele: defendeu as medidas adotadas pela Pasta, negou que tenha havido demora na contratação de vacinas, disse que nunca ouviu falar de gabinete paralelo e afirmou que a imunização de rebanho jamais foi tratada no ministério. À medida que a CPI avança, os depoimentos vão servindo apenas para solidificar ainda mais o sentimento da maioria dos senadores de que o governo não levou a sério a pandemia. Já os governistas têm aproveitado as sessões para tentar mostrar dados positivos do governo, como melhora na projeção do PIB, a compra de mais de 600 milhões de doses de vacinas e os supostos desvios de dinheiro pelos estados. O objetivo é diluir o máximo que puder o pesado relatório que sairá das mãos de Renan Calheiros (MDB-AL).
Chico de Gois – Direto de Brasília
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