Satisfeitos com as demandas atendidas pelo governo na MP 1051, os caminhoneiros buscam agora “padrinhos” para emplacar suas emendas ao texto que será votado no Congresso. Sem articulação organizada com o Parlamento, os caminhoneiros estão “garimpando” possíveis aliados, entre eles o presidente da Comissão de Viação e Transporte, deputado Carlos Chiodini (MDB/SC), para aprovação de cinco emendas à MP. Entre as mudanças sugeridas pela Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) – que passou a atuar como consultora do governo Bolsonaro – estão o pagamento em conta bancária escolhida pelo caminhoneiro autônomo, dar maior clareza ao texto de que a contratação não cria vínculo trabalhista e o crédito do PIS/Cofins (que a categoria considera um entrave na contratação direta de autônomos). A notícia de que as concessionárias estão reclamando da flexibilização nas regras de pesagem dos veículos não causou grande repercussão na entidade. A MP foi assinada nesta semana pelo presidente Jair Bolsonaro e ainda não tem relator definido na Câmara. Em paralelo ao acompanhamento da MP no Congresso, os caminhoneiros pressionam o governo agora para serem incluídos no grupo prioritário de vacinação contra a Covid-19. Não há, por enquanto, discussão sobre paralisação caso a demanda tarde a ser atendida.
Daiene Cardoso – Direto de Brasília
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