O presidente Bolsonaro e seu entorno mais próximo sentiram a pressão do país contabilizar mais de 100 mil mortos pela Covid. Embora não passe recibo de forma explícita, as atitudes do presidente, filhos e ministros alinhados ideologicamente a ele demonstram que Bolsonaro se incomodou com essa cifra. Por causa disso, o presidente fez uma manobra para transferir responsabilidades: primeiro criticando a Globo, depois enviando aos parlamentares um ranking de mortes por estados e municípios para dividir a responsabilidade. Dentro dessa estratégia, e do ponto de vista meramente político-pragmático, tem tido sucesso na cortina de fumaça.