Se a equipe econômica tem a ilusão de que terá controle sobre o Centrão pelo fato de o bloco ter cargos no governo e ter a preferência no pagamento das emendas, está enganada. Como o BAF informou, a votação do Fundeb não pode ser parâmetro para teste de fidelidade da base aliada porque o governo chegou muito tarde na discussão e Educação é um tema quase “sagrado” no Congresso. O grande desafio de Paulo Guedes – que terá de trabalhar muito para esclarecer seu ponto de vista e torná-lo palatável ao mundo político – será modular a Reforma Tributária ao seu gosto. Tudo terá de ser negociado ponto a ponto. Recados públicos do Centrão estão sendo dados ao governo: o líder do PL, Wellington Roberto (PB), já avisou que é contra taxação menor para bancos. Nas redes sociais, parlamentares do bloco criticam o projeto do governo por aumentar a carga tributária (afetando em especial o setor de serviços), dizem que o Executivo demorou demais e que mandou uma reforma tímida. À medida que os parlamentares se inteiram da proposta e ouvem as análises, as críticas aumentam e Guedes só terá a oportunidade de se explicar aos parlamentares no começo de agosto, em audiência na comissão mista. Entidades que costumam influenciar deputados e senadores prometem entrar no debate. O presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, já está fazendo campanha contra a proposta de Guedes nas redes sociais. 

Daiene Cardoso  – Direto de Brasília

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